Memoria en Porto Alegre

A inicios del mes de abril en Porto Alegre abrió sus puertas el Museu de Direitos Humanos do Mercosul, yo llegue allí por un llamado hace muchos meses de su director Marcio Tavares. Este joven futuro director del nuevo Museo me llamo allá por octubre 2013 para invitarme a participar en la muestra de inauguración del Museo, el y el director del MARGS (Museo de Rio Grande do Sul) Gaudencio Fidelis, habían visto mi trabajo de Ida y Vuelta en el Memorial de Rio Grande en un desembarco de la cultura uruguaya en Porto Alegre, el equivalente del desembarco de la cultura gaucha que se vive estos días en Montevideo ya que diversos artistas del norte nos visitan.

Decía entonces que Marcio, me pedía que participara con esa obra y algo más que había visto de mi trabajo diez años antes en la IV Bienal del Mercsour....le comente que en mi pagina web podía ver algunas otras cosas y que después de verlas conversaramos. En ese época, ya hacía un tiempo que tenía la historia del secuestro de Lilián Celiberti de finales de los 70 rondandome la cabeza, si bien la historia la conocía y a Lilián misma la conocí en nuestro exilio en Europa ya que militamos juntos unos años antes, en la web de cotidiano mujer yo había descubierto una entrevista de Lucy Garrido (que luego fué un libro) donde Lilián relataba su secuestro y su prisión. Al mismo tiempo había algo que me intereso mucho y es esa especie de pulseada que se da con sus secuestradores que casi seguramente podían haber sido sus asesinos si ella de alguna manera no lograba desarticular ese secuestro que estaba viviendo.

La conversación con Lucy Garrido era en un tono como cotidiano y "normal" como si pudiera haber un tono "normal" para hablar de la vida y la muerte, pero bueno ese tono y luego esa especie de desafío al que se lanza Lilián cuando convence a sus secuestradores de que la lleven a Brasil de nuevo haciendoles ver la posibilidad de otros secuestros mientras ella planeaba como lograr que su detención fuera conocida por  sus compañeros y denunciada a tiempo, unica manera de ganarle a la muerte ya que los asesinos y torturadores si a algo le temen es a la publicidad, hacen algo que quieren que permanezca oculto.

Con esas cosas estaba en la cabeza entonces, cuando Marcio me volvio a llamar proponiendome de incorporar algunas obras mas a mi envio para la exposición, alli le propuse de que hicieramos algo con la historia de Lilián, tal vez simplemente volver a contarla, que su historia llegue a los jovenes que tanto en nuestro país como Brasil no vivieron esa época y por tanto no saben.

Allí surgió el trabajo "Lilián, una mujer sola frente al cóndor", que se sumó al resto de trabajos que serían expuestos; "Miradas ausentes", "de ida y vuelta", "Uruguay, memoria para armar" y "De eso no se habla". Todos estos trabajos estan expuestos al día de hoy en el bello Museo de los Derechos Humanos del Mercosur en pleno centro de Porto Alegre en la Praça da Alfândega.

El trabajo sobre Lilián, esta compuesto de una larga entrevista-video de hora y media que registramos en el MUME (Museo de la Memoria de Monrtevideo) y una serie de fotografías de Lilián con sus hijos Camilo y Francesca cuando eran pequeños y otras fotos con sus hijos pero de hoy. A estas fotos le sumé unas imagenes que compuse sobre las cartas que Lilián lograba entregar clandestinamente a su madre cuando ella conseguía vistarla, en el momento de darle un beso le entregaba unos pequeños papeles metálicos, sacados de los paquetes de cigarrillos y en ellos Lilián escribía con alfileres largas cartas con las que lograba evadíir asi la censura. Esas cartas me parecen hoy, objetos que cuentan las resistencias de tantos y de tantas, tantas madres como la mamá de Lilián que arriesgaban su vida y su libertad para sacar esas pequeñas obras maestras de la resistencia.

Este trabajo espero exponerlo el año proximo en Uruguay, mientras tanto, luego que finalice la exposición el el Museo de los Derechos Humanos del Mercosur todos mis trabajos pasarán a formar parte del acervo del museo Margs que queda enfrente en la misma en la Praça da Alfândega, y es uno de los mejores museos de la región.

Sobre mi trabajo, el director del Museo  Márcio Tavares escribió un texto que encuentro muy interesante y que quiero publicar aquí, aunque no esta en español sino en portugues creo que vale la pena leerlo en la lengua en la que fué pensado y escrito.

 

 

Memória e resistência:

Juan Angel e a criação de Lilián Uma Mujer Sola Contra El Condor

 

A instalação realizada por Juan Angel Urruzola para a inauguração do Museu dos Direitos Humanos do Mercosul (MDHM) está marcada pelo conceito de resistência. Através de um vídeo testemunhal e de registros fotográficos que dão suporte à obra cinemática, o público é confrontado com a história de Lilián Celiberti em sua luta pela democracia durante o período ditatorial e por sua trajetória em busca de justiça no presente. Deste modo, a construção da obra é formada por um duplo sentido de resistência: o da resistência ao esquecimento e o da resistência política em nome da liberdade.

         Em todo o trabalho de Urruzola há um desejo de documentar ausências e rupturas que se transformam em metáforas visuais do percurso histórico recente da América do Sul. É a perspectiva documental do artista que orienta o desenvolvimento do vídeo sobre Lílian através da linguagem do testemunho. Na tela há um encontro entre a personagem e sua história, nada mais. A força de tudo o que foi vívido dispensa a necessidade de acrescentar efeitos que poderiam se sobrepor ao narrado. O encantamento do público, do mesmo modo, é resultado da empatia gerada pela narrativa que se conta, a qual ao longo do vídeo se evidencia como um microcosmo de nossa história recente.

         Portanto, a leitura do vídeo de Urruzola poderia ser realizada como a apresentação de uma biografia coletiva. Não há a tentativa de demonstrar o extraordinário. Ao contrário, ao escolher o cenário, somos conduzidos a entender a excepcionalidade de uma história carregada de humanidade.

A obra de arte está, por vezes, na força do depoimento. A narrativa testemunhal é um rompimento com os paradigmas artísticos canônicos de atribuição da qualidade estética. A eficiência artística da narrativa está na constante luta entre o dito e o silenciado, pela dificuldade em contar os acontecimentos e pela experiência limite da proximidade com a morte. Juán Angel Urruzola, também um militante que esteve exilado durante a ditadura uruguaia, utiliza a câmera como meio de expressão. Vive e pensa através das lentes que produzem a fotografia e o vídeo e suas obras são um discurso histórico construído pela imagética.

A obra desenvolvida no MDHM é uma constante emergência de ausentes, pois a história de Lilián pode ser compreendida também como uma biografia coletiva. A construção da narrativa é marcada pela vivência em grupo e a potência do relato está na relação entre o individuo e a história. Lilián Celiberti, deste modo, torna-se a corporificação da Operação Condor. Assim, um relato que usualmente se encontra desencarnado da vivência humana, é apresentado por meio do depoimento sobre seu sequestro e de sua família em Porto Alegre. Há plenitude de humanidade. Mas, há também decisão de dar visibilidade e legibilidade para a maquinaria de repressão e violência organizada pelas ditaduras para silenciar – em todos os sentidos – seus opositores.

A confissão do vivido materializa uma busca coletiva por memória e pela reparação aos horrores passados. A obra recomenda ainda um encontro da estética com a ética. Contudo, a imposição da ética, não significa a perda da qualidade estética. Ao contrário, em um mundo cada vez mais dominado pela estetização da política, Urruzola propõe a politização da estética. Logo, há um embate entre a persistência de uma memória coletiva com o predomínio social da amnésia, gerado pela pulsão de consumo da sociedade pós-industrial.

O conjunto da instalação apresenta um universo de sensibilidades que presentifica a o passado. Ao lado do vídeo, está inserido um conjunto de fotografias que forma um verdadeiro álbum de memórias. São fotos do universo familiar: seus filhos durante seu exílio em Roma e Lilián junto deles na atualidade. Também, são expostas duas fotografias das cartas que ela escrevia para sua mãe durante o período da exposição. A sensibilidade do conjunto emociona.

Mas, não há espaço para o sentimentalismo vazio no edifício de memória construído por Juán Angel  Urruzola. O dever de memória, claro na obra do artista, não está submetido ao pedagogismo que filtra as multiplicidades de sentido em nome da orientação política ou da publicidade mercantil. Rolland Barthes afirma que o faz da fotografia uma arte é sua aproximação com o teatro. Pois, o teatro primitivo seria conhecido por seu culto aos mortos e a fotografia torna-se uma reminiscência disso, uma vez que ao ver uma foto tem-se um encontro direto com os mortos.

Deste modo, a força artística da fotografia não está na obviedade da imagem, mas em seu processo de construção. As fotos da Lilián encerram uma narrativa pluralizada. Dentro delas constitui-se essa multiplicidade de sentidos. As cartas clandestinas estão carregadas de emoção, porquanto elas demonstrem que a prisão do corpo não significa um apequenamento da alma. A escrita, com agulhas nas costas de papéis de cigarros, em letra diminuta de relatos para seus familiares são uma grande demonstração de amor e resistência ao arbítrio. A foto de Lilián com seus filhos Camilo e Francesca e sua foto nos jardins do Museu da Memória de Montevidéu são uma afirmação da mulher e da mãe frente ao desejo de aniquilamento de sua subjetividade pelo terrorismo de Estado.

Em um contexto pós-traumático como os países do Cone Sul, a arte é um vetor de construção de uma memória crítica. As demandas por memória e reparação ocorrem sempre no limite da apropriação política da dor dos outros. A decomposição do tempo é enfrentada pela humanidade com a construção de suportes de materialização da memória que nos tornem possível a anminese.

Juán Angel Urruzola ao colocar a biografia de Lilián Celiberti frente aos processos históricos tem plena consciência de que é preciso criar espaço para a emergência das sensibilidades e subjetividade para superar a experiência fragmentada de vida no presente. Memória e arte, portanto, se unem no trabalho não como uma via de acesso para o passado, mas uma inferência sobre as possibilidades amnésicas do presente.

 

Márcio Tavares

Historiador e Curador

Diretor do Museu dos Direitos Humanos do Mercosul

 

Carta de Lilián, sacada clandestinamente por su madre desde los cuarteles donde estaba detenida.
Carta de Lilián, sacada clandestinamente por su madre desde los cuarteles donde estaba detenida.
Carta de Lilián, sacada clandestinamente por su madre desde los cuarteles donde estaba detenida.
Carta de Lilián, sacada clandestinamente por su madre desde los cuarteles donde estaba detenida.
Carta de Lilián, sacada clandestinamente por su madre desde los cuarteles donde estaba detenida.
Carta de Lilián, sacada clandestinamente por su madre desde los cuarteles donde estaba detenida.
Lilián hoy, fotografiada en el MUME en Montevideo.
Lilián hoy, fotografiada en el MUME en Montevideo.
Lilián hoy, fotografiada en el MUME junto a sus hijos en Montevideo.
Lilián hoy, fotografiada en el MUME junto a sus hijos en Montevideo.
Marcio junto Jorge Soto, uruguayo también  invitado a la exposición trabajando su proyecto expositivo.
Marcio junto Jorge Soto, uruguayo también invitado a la exposición trabajando su proyecto expositivo.
Uruguay, memoria para armar, uno de mis trabajos expuestos.
Uruguay, memoria para armar, uno de mis trabajos expuestos.
Uno de mis fotos de Uruguay, memoria para armar, sobre la foto de Gerardo Gatti secuestrado en Automotores Orletti.
Uno de mis fotos de Uruguay, memoria para armar, sobre la foto de Gerardo Gatti secuestrado en Automotores Orletti.
Montando "De ida y vuelta", la obra que expuse en el último Premio de Artres Visuales.
Montando "De ida y vuelta", la obra que expuse en el último Premio de Artres Visuales.

Las fotos de las cartas de Lilián estan sacadas delante de una pintura de Martín Mendizabal que tengo hace mucho años y que creo ayuda a poner en valor y ltambien agrega misterio a esta pequeñas obras maestras de resistencia.

Nos cansamos

No es mi estilo publicar algo sin informar de dónde lo saqué.  Pero ante la falta de una firma en el texto que sigue que recibí por mail y como apoyo sus conceptos VOY A FIRMARLO COMO SI LO HUBIERA ESCRITO YO.

Lo único que es obvio acerca del autor o autora es que es parte de la izquierda de Uruguay, y allí estoy yo. Acá va.

ME CANSÉ

Me cansé de que quieran que no piense.

Me cansé de que ese tratar de pensar, averiguar, intentar saber qué carajo está pasando e incluso intentar pensar junto a otros qué significan algunos hechos en el escenario internacional y cómo esos hechos repercutirán no sólo en Venezuela, sino en el continente entero, que me digan que esto significa alentar la 'dictadura de Maduro' o 'hacerle el caldo a los fascistas', dependiendo de la información que sume al debate.

Me cansé del todo o nada, de buenos o malos, de revolucionarios o fascistas.

Me cansé de los dueños de la verdad en un copy-paste de lo escrito por otros.

Es curioso...los mismos que hoy dan cátedra sobre Venezuela, ya me dieron cátedra sobre Argentina. Cuando defendí la institucionalidad, la democracia, la elección popular más allá de cómo me caiga o no Cristina Fernández o Amado Boudou, y señalé que debería ser la justicia la que juzgara la conducta denunciada como corrupta del vicepresidente, me putearon, me trataron de ignorante. Claro, los confundí, porque señalé que lo mismo pensaba del empresario incapaz que gobierna la ciudad de Buenos Aires y todavía hoy tiene a miles de familias sin saber si sus hijos tendrán clases o no, que ha destrozado media ciudad, desarmado estructuras para la gente más necesitada, etc, etc... Pero dije lo mismo: la democracia es evidentemente imperfecta, pero es el mejor sistema que encontramos hasta ahora para convivir socialmente y caminar en nuestros países, que la ciudadanía que ve todo esto, que se queja de todo esto, que putea por todo esto, lo cambie mediante el voto. Pero tampoco sirve este pensamiento para los que todo lo saben desde el rincón en que se encuentren. Acá hay que estar en un bando o en otro  y  ojo  a aquel que haga una crítica aunque tenga fundamento porque es sólo hacerle el juego al otro bando.

Me cansé de que me tomen por idiota y esos que me dicen que lo único que va a cambiar las miles de cagadas que hay en mi ciudad, Montevideo, es un cambio de partido en el gobierno,  se unan en una supuesta "concertación" que tiene a dirigentes que ponen en sus camionetas  4 x 4 calcomanías del otro partido y sector de la supuesta concertación, y rompen o queman contenedores de basura... Claro, nunca pensaron que la tecnología podía ayudar con un telefonito y una foto a identificar la chapa de la camioneta y vaya, vaya, estamos todos en la fiesta no?

Me cansé de que desde la izquierda uruguaya me digan que lo único que importa es tratar de lograr mayorías parlamentarias y que ante ese objetivo nada se discute, nada puede ser debatido, porque el objetivo es el gobierno, y el debate es hacerle el juego a la derecha. 

¿Y las ideas para llegar al gobierno? ¿y la impronta que los diferentes candidatos y sectores quieren darle a esas ideas? Porque no me discutirán que dejan escrito un programa con la suficiente apertura para que quien gane pueda darle su propia impronta y marcar prioridades sin 'dejar de cumplir con el programa de gobierno'. 

Me cansé también que la respuesta sea la descalificación: que la edad de uno, o la inexperiencia de otra, que el veto a la despenalización del aborto practicamente convertirá todo lo que él toque en el conservadurismo absoluto o que un ministro con síndrome de Estocolomo le diga "ignorante" a ella por pensar en cambios en unas FFAA cargadas de mochilas de mierda que no se atreven a dejar con valentía. 

Ya sé, esperaré al 2020, porque allá no habrá biología que lo permita y todos aquellos  dirigentes que sean candidatos irremediablemente mostrarán sus improntas sin cuestionamientos del resto, les estará permitido.

Me cansé. Maduro no es Chávez, ni es Allende en el Chile de hace 40 años y Leopoldo López  no es Wilson ni Seregni como destacados políticos y directores de semanarios de tanto prestigio han tenido la desfachatez de afirmar. 

Me cansé. La CNN no es el adalid de la libertad de prensa y opera ideológicamente mucho más que como lo puede hacer Telesur. Claro, como una de las claves para aquellos que quieren seguir imponiéndonos su dominio económico y dejarnos claro que 'un poquito de respiro a los pobres hay que darle, pero no te metas a fondo con quien detenta el dinero y por lo tanto el poder´, son los medios de comunicación, es fácil ver como se solidarizan los defensores de la libertad de empresa, (perdón, debí escribir de la libertad de prensa) en el mundo. Es uno, solito con su alma el que decide cómo analizar lo que le dicen a CNN y Telesur.

Me cansé. Hay muertos, heridos y presos desde el pasado 12 de febrero en Venezuela, pero no son los muertos, heridos y presos que me mostraron por las redes en fotos groseramente trucadas de la violencia en Siria, Cataluña, Chile, etc, etc, etc.

Los estudiantes son siempre buena arenga para convertirlos en carne de cañón...pero para poder entender algo, hay que leer, buscar información y ver más allá de la bipolaridad a la que nos quieren llevar. 

Por supuesto que parte de los estudiantes en las movilizaciones reclamando mayor seguridad o protestando por la falta de productos en los supermercados, o aquellos que se sumaron después de la primera protesta a pedir por la libertad de los que fueron presos en los disturbios o exigiendo no más muertos, están reclamando justamente. ¿Cómo y quiénes los usan en sus justos reclamos? ¿No habrá que pensarlo?

Algunos datos para tener en cuenta: 

Escribía mi amigo Leandro Grille (que podrán criticarle muchas cosas, o decir, claro, es dirigente de izquierda, pero no podrán negarle que del tema universitario sabe un poco;  para aquellos que se tomen el trabajo de googlear su militancia y dirigencia): "En Venezuela hay un montón de universidades, públicas y privadas. Cuando asumió Chávez, en 1999, en Venezuela había  643 mil estudiantes universitarios. En la actualidad el número alcanza casi 2 millones 620 mil estudiantes, es decir más de cuatro veces la cantidad de estudiantes que había al inicio de la Revolución Bolivariana, lo que transforma a Venezuela en el país con mayor crecimiento de matrícula universitaria en todo el mundo y por lejos. Durante los 15 años que lleva el chavismo en el gobierno, el estado venezolano creó 15 Universidades, al ritmo de una por  año,  duplicando la cantidad de institutos de educación superior públicos que habían creado a la lo largo de toda la historia de ese país, desde la fundación de la UCV en 1721".

¿Cuántos universitarios y de qué universidades iniciaron las movilizaciones de las que se adueñó Leopoldo López? ¿Cuáles eran los reclamos de esos universitarios?

Buscando informaciones al menos documentadas y algunos análisis de gente seria que se hace preguntas en voz alta, comparto esto:

* ¿Por qué se dice que en Venezuela se sufre tan grave falta de alimentos que justifica destrozos e incendios, si fue uno de los cuatro países con menos hambre de América Latina en 2012 (de acuerdo con FAO y OMS), esto es inferior al 5%?

* ¿Por qué no hay peores desmanes en un país como Colombia (ese que es el ejemplo de democracia perfecta para Leopoldo López y la oposición venezolana), en el cual el 12.6% de la población pasa hambre, es decir casi el triple que en Venezuela?

* ¿Por qué si las causas de los destrozos, incendios y manifestaciones es la escasez de productos básicos, se observan acciones de tipo político y no puebladas y saqueos de supermercados y almacenes, que es lo normal y esperable cuando de carencia generalizada se trata?

* ¿Por qué tanta violencia por supuesta “ausencia” o falta de acceso a comida si The Economist publicaba esta semana que la escasez sólo ha afectado a un 28% de los productos? 

* ¿Por qué el epicentro de las protestas por la “escasez” es Plaza Altamira, en el barrio de las clases más acomodadas? Para dejarlo claro y sin ofender a nadie: es como si el centro de las movilizaciones por comida, etc, se diera hoy, en Montevideo en la avenida Arocena de Carrasco o viniendo un poco más al centro en la plaza Gomensoro.

* ¿Por qué la Unesco reconoce a Venezuela como el quinto país con mayor matrícula universitaria del mundo, que ha crecido en más de un 800%,  siendo pública alrededor del 75% de la educación superior, y sin embargo no se conoce una sola lucha del “movimiento estudiantil” como las levantadas de por ejemplo el movimiento estudiantil chileno.

* Dejo las elecciones anteriores, esas que tenían a Chávez como centro de todo ¿Por qué si los bolivarianos han ganado las elecciones de 2013, incluidas las municipales de diciembre pasado, cuando obtuvieron el 55% de los votos y el 76% de las alcaldías, se habla de que el oficialismo es hoy “minoría"? ¿Por qué se propone su renuncia como salida a “la crisis” o un referéndum revocatorio, fuera de todos los plazos y procedimientos legalmente establecidos para ello en la Constitución?

Desde lo personal, no me gustan las decisiones cuasi marciales del presidente electo democráticamente Nicolás Maduro. Desconfío de tanto militar reconvertido en su gabinete de gobierno. Abro los ganchos a los análisis de estudiosos de izquierda que señalan que Maduro debe tomar el toro por las astas, ya, y definir medidas económicas urgentes que le permitan controlar la impresionante inflación y el mercado de monedas que hace del dólar en paralelo una enorme piedra en el camino. 

No me como los mocos con Chávez y con Maduro; Venezuela ha sido uno de los mayores proveedores de petróleo a los Estados Unidos. No me gustan los grupos armados que surgen  en las calles y que no se tomen medidas por parte del gobierno ante esos grupos, al menos con la fuerza que uno espera, si esos grupos no son aliados del gobierno como se afirma. 

Muchas críticas puedo hacer desde lo personal chequeando datos e informaciones tan distintas. Eso sí, no me creo la banderita de la libertad de prensa que levantan los mismos que utilizan esos medios supuestamente libres, como parte de su ofensiva política partidaria en todos nuestros países, incluido el Uruguay.

Y sigo defendiendo a capa y espada el modelo que elegimos para la gobernanza de nuestros países, la democracia con todos sus defectos y virtudes. Por eso, defiendo hoy al gobierno de Nicolás Maduro, porque le guste o no a mucha gente fue elegido por la mayoría de los venezolanos, y serán los venezolanos los que en la próxima elección decidirán si el partido político creado por Chávez continúa en el poder o si quieren un cambio. 

Venezuela no vive una "primavera árabe"; Venezuela no vive una crisis educativa a la chilena.

 Y perdón a quienes moleste, pero no creo en las injerencias de buena voluntad de la comunidad internacional.

Graciela Taddey

Juan Angel Urruzola

Alejandro Collazo

La foto es una composición con Elena Quinteros de una serie llamada "memoria para armar", la desaparición de Elena de los jardines de la embajada venezolana a manos de los militares uruguayos nos une a Venezuela en la lucha por los derechos humanos y la libertad.
La foto es una composición con Elena Quinteros de una serie llamada "memoria para armar", la desaparición de Elena de los jardines de la embajada venezolana a manos de los militares uruguayos nos une a Venezuela en la lucha por los derechos humanos y la libertad.

Las fotos de la calma

Este verano comenzó para mí cuando terminamos de montar la exposición colectiva en el MNAV curada por Antonio Navarrete; "En el lugar de lo dicho. Exploraciones en el archivo discursivo de la fotografía.", tal vez faltó decir fotografía uruguaya y contemporánea. Me sirvio ese trabajo con Navarrete tal vez para durante un momento concentrarme en otra parte de mis trabajos o incluso en otra aproximación a los mismos.

Como decía al principio a finales de noviembre comenzó el verano y es una época de muchas fotos, uno se mueve más y las fotos van quedando ya no en los cajones sino en las carpetas de la computadora, todo un tema este el de la acumulación de trabajo sobre soporte magnetico, la revolución del digital si bien nos liberó de la emulsión pasó a hacernos prisioneros de los soportes magneticos, de los discos duros y de todas las idas y venidas que estos soportes nos pueden generar.

Pero bueno las fotos estan, a veces simplemente pidiendo salir y ver nuevamente la luz aunque más más no sea en una simple pagina web, nueva paradoja de época.

Van aquí algunas fotos de estos primeros días del 2014 y algo de finales del 2013.

La piscina del Hotel Nirvana en plena noche, parece una enorme nave que va alguna parte bajo el increíble cielo estrellado.
La piscina del Hotel Nirvana en plena noche, parece una enorme nave que va alguna parte bajo el increíble cielo estrellado.
Esta imagen la use de tarjeta de fin de año, la despreocupación de la niña comnstrasta con una especie de sombra amenazante que se percibe en la piscina...
Esta imagen la use de tarjeta de fin de año, la despreocupación de la niña comnstrasta con una especie de sombra amenazante que se percibe en la piscina...
Los cerros de playa verde y Piriapolis parece quemarse, era uno de los días de casi 40 grados, el atardecer era fuego...
Los cerros de playa verde y Piriapolis parece quemarse, era uno de los días de casi 40 grados, el atardecer era fuego...
Del otro lado de la ruta el sol ocultándose tras las nubes pinta todo de dorado.
Del otro lado de la ruta el sol ocultándose tras las nubes pinta todo de dorado.
Tomás como encandilado por la luz y los insectos en la noche de Las Flores.
Tomás como encandilado por la luz y los insectos en la noche de Las Flores.
La playa cuesto lo que cueste, la tormenta alejo mucha gente, no a todos.
La playa cuesto lo que cueste, la tormenta alejo mucha gente, no a todos.
No da para bañarse.
No da para bañarse.
De vuelta a Montevideo las llamadas de San Baltazar.
De vuelta a Montevideo las llamadas de San Baltazar.
Llamadas más desetructuradas y más accesibles, mejores tal vez por ser más espontáneas.
Llamadas más desetructuradas y más accesibles, mejores tal vez por ser más espontáneas.
El barrio a pleno, Montevideo es una fiesta.
El barrio a pleno, Montevideo es una fiesta.
Estas serían las llamadas originales, el día de reyes, que los patrones daban libre a los esclavos y de ahí surge las razón de la fiesta negra, para no olvidar los orígenes de la presencia de los uruguayos de raza negra en nuestra región.
Estas serían las llamadas originales, el día de reyes, que los patrones daban libre a los esclavos y de ahí surge las razón de la fiesta negra, para no olvidar los orígenes de la presencia de los uruguayos de raza negra en nuestra región.
Playa Ramirez, hacia el atardecer.
Playa Ramirez, hacia el atardecer.
Montevideo desde los muelles vecinos a la Playa Ramirez.
Montevideo desde los muelles vecinos a la Playa Ramirez.
Festival de murgas para recaudar antes del inicio del carnaval, esta niñita personificaba la fiesta que es para los chicos el tablado
Festival de murgas para recaudar antes del inicio del carnaval, esta niñita personificaba la fiesta que es para los chicos el tablado
Aquí la vemos pendiente de los juegos de otros chicos que sin embargo no la invitan, se lo pierden pero aún no son conscientes.
Aquí la vemos pendiente de los juegos de otros chicos que sin embargo no la invitan, se lo pierden pero aún no son conscientes.

En el lugar de lo dicho. Exploraciones en el archivo discursivo de la fotografía.

 

Con esos títulos, digamos nada simples, se abre el jueves una muestra importante en el MNAV, organizada en el marco de Fotograma 2013 y con la curaduría de José Antonio Navarrete.

20 creadores que se relacionan más o menos con la fotografía y el video desde diferentes lugares y seguramente con diferentes miradas. Para mi fué una experiencia muy enriquecedora trabajar con José Antonio y cuelgo dos trípticos que realicé durante los intercambios que teníamos con el. Me pareció muy interesante su aproximación a mi trabajo, el partió, digamos de mi último trabajo expuesto que fué en el último Premio de Artes Visuales "de ida y vuelta". José Anonio luego de una reunión de varias horas donde hablamos de foto y donde yo no mostré prácticamente nada, en la medida que el conocía parte de mi trabajo, me propone; empecemos con lo que te sobró en "de ida y vuelta".

Ahí fuí a revisar mis carpetas, y efectivamente había puntas, Montevideo bajo lluvia, la rambla envuelta en niebla o en grandes tormentas. A lo largo de innumerables idas y vueltas entre Caracas (supongo que Jose  Antonio estaba allí) y Montevideo que coincidieron con varias tormentas  y jornadas donde: no se vé, ni lo que se conversa, por la niebla, bueno, ahí fueron surgiendo nuevas imágenes de lugares que vengo fotografíando hace 25 años.

Finalmente Navarrete me propuso quedarnos con dos trípticos; "caminar" y "de prisa, de prisa", fué una linda experiencia, por una lado me aporto el trabajo cuartorial de Jose Antonio y por otro el profesionalismo del equipo del Centro de Fotografía en este caso Alexandra Novoa y Gabriel García con quienes tuve que interactuar para llegar a esta muestra del próximo jueves en el MNAV.

En momentos donde muchos hablan y hablan produciendo en el mejor de los casos, incómodas corrientes de aire, lo mejor es seguir mostrando lo que uno hace y de la mejor manera posible.

El jueves 21 a las 19 hs.en el Museo Nacional de Artes Visuales en el Parque Rodo entonces es la cita.

http://cdf.montevideo.gub.uy/system/files/invitacion_digital_mnav_0.pdf

http://salonesdeartistas.com/wp-content/uploads/2011/09/NAVARRETE-curriculum-2011-versión-en-español.pdf

Estas fotografías no son parte de la exposición, pero si son algo de la enorme cantidad de imágenes realizadas en torno a las líneas de trabajo propuestas por el curador.
Estas fotografías no son parte de la exposición, pero si son algo de la enorme cantidad de imágenes realizadas en torno a las líneas de trabajo propuestas por el curador.

De mi hija Julia

 

Otro intento, desde hace rato que estoy así, escribo, borro, guardo, tiro a la basura, vuelvo a arrancar, me arrepiento, me dicen que no haga nada que solo va a generar mas problema, pero yo me siento mal. Como cualquiera lo puede saber (aunque desde afuera siempre se sabe desde una óptica distante y muy teórica) cuando una persona se vuelve el blanco público de acusaciones de mala fe y fundadas no en ausencia de datos pero lo que es aún peor (por que es resulta más difícil defenderse con buena fe) en viles manipulaciones de verdades a medias, se genera una situación completamente de total anulación de la voluntad de defensa de la persona en cuestión. Se vuelve completamente imposible por que las herramientas de la retórica permiten decir y argumentar todo y su contrario, por lo tanto cualquier cosa que la persona en cuestión diga en su defensa propia es factible de ser manipulado y tergiversado. Me repito entonces (para salvar mi corazón de la desilusión hacia el mundo, hacia mi sociedad montevideana, hacia el sistema, hacia los medios, hacia la gente que se da vuelta como un panqueque y tantos etcéteras mas), que la elección del chivo expiatorio es siempre arbitraria y que por más transparente que se haya esforzado uno en ser (por que conozco poca gente tan enfermizamente dogmática en ese sentido como mi padre, Urruzola) si le toca a uno, le toca, y si se le busca la vuelta con suficiente mala fe hasta el gato tiene no 5 sino 7 patas. No vale la pena entonces que explique por ejemplo que los honorarios cobrados por Urruzola por la foto de Onetti (la gigantografía arriba del Solís de hace unos años) preveían los gastos de impresión, andamios y montaje; de la misma forma que aquellos cobrados por la otra gigantografía, aquella en el suelo de la intendencia hace todavía mas años, la de Montevideo visto desde arriba, también incluían gastos múltiples relacionados a la producción de un pegotín de al rededor de 130m2 (estos son solo dos ejemplos que tengo en mi cabeza en este momento). No tiene sentido tampoco que diga que mi padre realizó ENTRE OTRAS COSAS, varios trabajos en la intendencia desde la administración de Mariano Arana, (dos períodos atrás de la administración actual) hasta el momento, los cuales están TOTAL Y ENTERAMENTE RESPALDADOS POR SU TRAYECTORIA PROFESIONAL, para quienes quieran desasnarse (que es algo bastante grave) los invito a pasarse por esta página http://www.urruzola.net/acerca/ donde van a poder encontrar el currículum completo de Urruzola y si quieren después de haberle dado una vichada capaz que pueden hablar con un poco mas de propiedad. Para los que no puede tranquilamente seguirse llenando la boca de la misma forma miserable, ignorante y mediocre en la que lo hicieron hasta ahora por que por el momento ser mala persona sigue siendo gratis y como es fácil parece es una línea de acción que tiene bastantes adeptos. Para quienes hicieron esto con el fin de criticar la administración actual de la intendencia sugiero que habla muy mal de sus fundamentos el hecho de tener la necesidad de recurrir a una tergiversación tal de los datos, pero ante todo aclaro que mi objetivo no es hacer una defensa pública de la intendencia sino hablar en defensa de mi padre Juan Ángel Urruzola (y no en su nombre, sino en el mío). Sin embargo los que mas me entristecen son aquellos que no son movilizados por ningún otro fin que el puro voyeurismo y morbo característicos de aquellos espíritus con poco vuelo y de existencia ínfima que parecen de alguna forma recrearse en este tipo de críticas superfluas casi conventilleras solapadas de una voluntad de justicia barata, como si esto les diera la ilusión por un momento de tener una razón de ser.

Sin embargo, nada de esto tiene sentido decirlo, por que como dije, cuando hay mala fé se encuentra la manera de ensuciar a quien sea y fundamentarlo como se quiera, mientras tanto lo único que le queda a uno es tomárselo con soda por que tocó, seguir siendo honrado y fiel a sus propios principios. Sencillamente quería pronunciar mi desacuerdo, indignación, tristeza y desilusión por este teatro patético para que quedara constante (por que después salen a decir que el que calla otorga) que Urruzola NO es un corrupto ni un acomodado sino una persona honesta, trabajadora y un buen profesional, y ESTAS y no OTRAS son las razones que le abrieron las puertas en cada uno de los trabajos en los que se desenvolvió.

 

Julia URRUZOLA ABDALA

Foto de Julia Urruzola
Foto de Julia Urruzola

Multitud de Támara Cubas en la plaza de deporte N 5

la semana pasada vi la obra de Támara Cubas Multud, es bastante impresionante esos cerca de 50 jóvenes (aunque algunos no tanto), luchando en esa especie de arena en  que se convirtió un terreno de la plaza de deportes N 5 de la unión.

necesariamente esos cuerpos me llevaban a los extremos de nuestra sociedad actual en su mecanización, en la falta de salida ( muchas veces), cuando vi el título de la obra pensé que haría referencia a la multitud de la que habla Negri con Hardt, sin embargo no creí reconocer "esa multitud", me pareció ver una multitud sometida, llevada y traída, maltraída incluso.

En la obra de Támara Cubas me encuentro una multitud que parece conducida por los hilos invisibles (.del gran hermano?) de alguien que no logramos visibilizar, y finalmente ese saludo de cierre, tal vez por mi cabeza sesentista, me trajo el recuerdo de los fusilados de Trelew, estos jóvenes de hoy se parecen más a un grupo recogido por una razia una tarde de verano en el Parque Rodo que los jóvenes del Penal de Rawson de los 70, pero la actitud casi de estar frente al pelotón estaba ahí.

hubiera necesitado un hilo de esperanza para pensar como cada mañana que la vida es más fuerte, eso me falto en la obra de Támara.

En breve se presentará en 18 de julio frente a la universidad, veremos en ese otro contexto ciudadano como funciona la Multitud.

Web de Multitud.   http://www.perrorabioso.com/proyectoMultitud

 

Montevideo Libre para 60.000 jóvenes

Hoy en la tarde se presenta en la Sala de Conferencias del Teatro SOLIS la tarjeta MONTEVIDEO LIBRE, la misma permite a jovenes de 4,5 y 6 de enseñanza secundaria pública y UTU acceder a teatros publicos y privados de la capital así como a Cinemateca, Cine Universitario y Cines Ejido.

Es un ambicioso proyector de la Dirección de Cultura que pretende ayudar  a mantener a los jóvenes en el circuito educativo  proponiendoles el acceso gratuito a una gran diversidad de espectaculos culturales.

 Folleto tarjeta Libre.

El domingo no vamos a votar

Estos días la sociedad uruguaya muestra sus mañas, el domingo los grupos intransigentes que quieren volver al Uruguay de la doble moral intentarán juntar cerca de 700.000 voluntades para intentar por la vía del referendún anular la ley que despenalizó el aborto y habilitó nuevamente el poder de decisión de la mujer.

Quienes cuestionan esta ley tolerante que no obliga a nadie a nada, invocan que quienes no iremos a votar estamos cercenando la posibilidad de los abolicionistas. Daría risa si no fuese triste, la papeleta que ellos van a poner en la urna reclama la voluntad de anular esa ley que la mayoría de la ciudadanía aprueba y pedía, hace ya más de 20 años que las encuestas de la empresa Factum ver daban mayoría a favor de la liberalización del aborto, de la despenalización, pero sobre todo de la posibilidad para las mujeres en situación de fragilidad social o económica del derecho a recurrir a estructuras legales y seguras para en caso de necesitarlo poder hacerse un aborto.

Esta mañana en un debate en la radio El espectador un contertulio que reivindica anular la ley, reclamaba por volver al satu quo anterior a que el gobierno del FA con el aporte del Partido Independiente aprobara esta segunda ley. Como si ese estado fuese respetuoso de algo aparte, de la opinión de la iglesia catolica. Ya lo muestran las cifras de 20 años de encuestas de Factum, 20 años que la mayoría del pueblo uruguayo reclamaba este derecho y sin embargo pasaban los gobiernos y nada sucedía, seguía decidiendo la minoría conservadora para beneplácito de la iglesia.

Tuvo que llegar la izquierda para que se aprobara el primer proyecto global sobre el tema, que desgraciadamente nuestro presidente vetó, confundiendo sus opciones personales con la tarea para la que la mayoría de los uruguayos lo habíamos elegido; llevar adelante un programa que incluía esa medida.

Finalmente en este segundo gobierno llegamos a aprobar un nuevo proyecto, tal vez más restrictivo que el anterior, pero con la enorme virtud de volver a despenalizar el aborto bajo ciertas condiciones.

Es por eso que el domingo no votamos, no para quitarle ningún derecho a nadie, simplmente para dejarle en sus manos a las mujeres el derecho a decidir con libertad y sin miedo.

 

"a mí no se me va a olvidar" Julia Urruzola

Cuando decidí ir hasta allá a buscarlas no sabía porqué, eso que dice el Steve Jobs en el video: que uno no ata cabos mirando hacia adelante sino mirando de adelante hacia atrás. Cuando di vueltas como un trompo por que no podía subirlas al tren, ni al auto, ni al bondi, y no tenia forma de traérmelas, tampoco supe porqué.

Ahora pienso que la vida y que sus metáforas y que tal y que cual.. nadie me las quería dejar subir, querian que las olvidara y las dejara ahí?

Tampoco nadie me lo dijo así, solamente se limitarion a no darme una mano, a no darles una mano.. que la vida, que sus metáforas, y que tal, y que cual. Cuando tuve que caminar con ellas a cuestas por que el tren se atrasó, y no tenía mas metro, y mi casa queda a 4km de la estación, y eran las 2 de la mañana, y llegué y a pesar de todo no sentía cansancio ni mal humor, tampoco supe por qué.

Estaba contenta y tranquila, y contenta. 

Ahora ella "vive" ahí, arriba de mi mesa, con esa cara, a veces me siento en el sillón y la miro un rato, me dan ganas de preguntarle: que me estas diciendo con esos ojos de historias encerradas? Pero no le pregunto, por que yo ya sé. Yo no estaba ahí pero ya sé. A veces pienso, a cuantos les hubieran dado la cara de decirle a ella que ya está? Que se tiene que olvidar y que ya está? Yo solamente la miro hasta que no la puedo mirar más, porque no puedo decirle que yo la entiendo, porque no sé lo que es entenderla. Y veo esos ojos y veo que no piden que la entiendan, pero que no van a perdonar que se olviden. Yo no sé si tengo derecho a mirarla, yo no estaba ahí, pero siempre que la veo me digo que a mí no se me va a olvidar.

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Mi hija Julia, hace unos meses estando en Montevideo escucho una conversación mía con Casa America en Barcelona, me estaban llamando para coordinar que hacer con unas imagenes mías de la serie "miradas ausentes" que finalizaban de girar por america latina y europa. Fué la exposición primero organizada por Claudi Carreras para La Vanguardia y después por los diferentis Centros Culturales de España directamente, había allí un par de imagenes mías, hacía ya 4 años que viajaban, estuvieron en Montevideo, pero también en Asunción o Mexico, Peru, Buenos Aires, Santiago de Chile, etc, etc

Finalizada la gira por américa latina, Laberinto de miradas, que así se llamaba la exposición global, emprendió camino al viejo continente y ahora finalizaban varios años de paseo por casi toda España en Barcelona, de allí me llamaron para decirme: ¿que hacemos con las fotos?

Julia se entera de la historia y me las pide, "yo las quiero, en junio o julio las voy a buscar", ok, le dije y hace unos días salió desde su Toulouse actual rumbo a Barcelona a buscarlas, las lineas al inicio cuentan el periplo de estas fotos hasta su residencia actual, la de Victoria con mi hija y la de Fernando Miranda en un squat de Toulouse regenteado por una asociación que trabaja socialmente. Fernando y Victoria siguen en la vuelta.

Miradas ausentes en este mismo sitio;

http://www.urruzola.net/obra/miradas-ausentes/

sitio de la exposición Laberinto de Miradas; 

http://www.laberintodemiradas.net/

¿El país de la cola de paja?

Hoy me llegó un correo de París, un amigo me envía los links a 4 emisiones de radio en France Inter (radio pública francesa), es una emisión del periodista Daniel Mermet, "Là-bas si j'y suis".
Casi cuatro horas de emisión sobre el tema del nuevo papa Francisco y su pasado cuando era Bergoglio.

Primera constatación, excelente trabajo, con trozos de archivos, entrevistas, reflexiones y contextualización para entender. Después de escuchar este trabajo, una comparación se impone, en nuestro país ningún trabajo comparable existió, mayoritariamente loas al nuevo papa y algunas voces relativamente solitarias llamando a reflexionar o recordando quién era este señor Bergoglio, responsable entre tantas obsecuencias, también en haberle otorgado un Honoris causa al almirante Massera, si si, al mismo, en 1977, año en que más doscientos compatriotas desaparecen en Buens Aires, la universidad del Salvador, entidad dirigida por la Compañia de Jesús (y que pasa a ser dirigida en esos años por los compañeros de Bergoglio de la organización ultra nacionalista Guardia de Hierro).

El Uruguay sigue mordiéndose la cola en la temática del pasado reciente y los buenos señores con título de abogado ponen voz engolada para explicarnos que en Uruguay nunca hubiéramos tenido un Nuremberg,
En Uruguay tampoco tuvimos a nivel de radio o televisión un sólo programa exhaustivo y verdaderamente de investigación sobre quién este papa que algunos veneran y otros recuerdan sus complicidades y docilidad con la barbarie militar.

Emisión de France Inter

Sobre la condecoración al Almirante Massera por parte de la Universidad del Salvador

Casino de oficiales de la Esma, allí entre semana ya veces los fines de semana organizaban las reuniones para planificar las operaciones "para salir a cazar zurdos", otras veces organizaban fiestas con familiares y amigos,  los detenidos en etapa de torturas en el sótano o los depositados en "capucha" escuchaban las risas de los oficiales diviertiendose, los otros días escuchaban los gritos.
Casino de oficiales de la Esma, allí entre semana ya veces los fines de semana organizaban las reuniones para planificar las operaciones "para salir a cazar zurdos", otras veces organizaban fiestas con familiares y amigos, los detenidos en etapa de torturas en el sótano o los depositados en "capucha" escuchaban las risas de los oficiales diviertiendose, los otros días escuchaban los gritos.
Entrada al casino de oficiales, los escalones de mármol tiene las marcas de las cadenas de los prisioneros al subirlas.
Entrada al casino de oficiales, los escalones de mármol tiene las marcas de las cadenas de los prisioneros al subirlas.
Capucha, lugar de detención en los altillos sobre el edificio del casino de oficiales, alli los detenidos tirados, encapuchados y encadenados eran depositados.
Capucha, lugar de detención en los altillos sobre el edificio del casino de oficiales, alli los detenidos tirados, encapuchados y encadenados eran depositados.
En este estacionamiento, paraban los camiones adonde subían los prisioneros semi dormidos para llevarlos a Aeroparque, subirlos a los aviones y lanzarlos al mar. 5000 detenidos pasaron por la Esma, sobrevivieron muy pocos.
En este estacionamiento, paraban los camiones adonde subían los prisioneros semi dormidos para llevarlos a Aeroparque, subirlos a los aviones y lanzarlos al mar. 5000 detenidos pasaron por la Esma, sobrevivieron muy pocos.
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